Ser gay: errado?

Que atire a primeira pedra a fujoshi que não entra em modo moe ao ver dois meninos juntos. Não precisam estar se beijando, se abraçando, se pegando, nem de mãos dadas. O simples fato de dois homens bonitos estarem conversando com uma grande intimidade deixa qualquer fujoshi com os hormônios à flor da pele! Pois bem, me considero o pior tipo de fujoshi: gosto de todo (você leu todo) tipo de yaoi; não gosto só de yaoi, mas também gosto de homossexualidade - se me colocarem dois meninos bonitos abraçados na minha frente eu juro que tenho hemorragia nasal -; tenho um certo complexo, queria ser homem só pra ser gay - mas sou mulher, #TEMAO, e me considero mais "macho" do que meu namorado. E ele não se atreve a negar -; não sou nem um pouco frufru nem shoujo-lover. Tenho pavor de shoujos. Tenho pavor de casais héteros. Se me derem um filme ou livro de romance, minha imaginação automatica e rapidamente enfia um casal homo no meio. Mas por que, Seme Queen? Acreditam que nem eu sei? Estou na adolescência, ainda não sei as coisas da vida, rs. *\run*

Pois então, yaoi: gênero usado para designar mangás ou animes de conteúdo homossexual (só entre homens, ta? Tinha gente no Twitter me perguntando se "yaoi também serve para lésbicas", eu praticamente tive convulsões. -qq). Enfim, esse é meu "gênero de plaquinha". Eu gosto de chamar de "gênero de plaquinha" o tipo de gênero que te identifica (não precisa ser necessariamente yaoi, yuri, hentai, shoujo, seinen, whatever. Pode ser drama, romance e afins).

Não acho que yaoi seja errado ou coisa de gente anormal (como disse minha mãe certa vez ao ler parte do primeiro capítulo de Contos de Garotos - Troca-Troca. Sim. Ela leu. E eu estou viva. *momento banzai*), acho que cada um tem seu gosto e yaoi, assim como o hentai que tantos meninos ATOOORAM, é um gosto também. Eu não xingo hentai, não xingo yuri, não xingo ecchi. A verdade é que eu até curto ecchi, tanto que estou lendo High School of The Dead, e recomendo para os meninos que gostam de zumbis, tripas, sangue e, lógico, mulheres com "curvas bem definidas" (estou tentando manter o nível). Enfim, quero perguntar o seguinte para as meninas que não curtem yaoi: por que? Tudo bem, gosto não se discute, e eu nem estou afim de impor gostos a mais, mas o que eu acho é que shoujos fazem as meninas ficarem depressivas (na minha época de shoujo, eu chorava por não conseguir homens como os Hosts de Ouran. E ficava depressiva. Muito depressiva) por não conseguirem achar o homem ideal, ou um boneco romântico como o de Zettai Kareshi (random: até hoje estou revoltada por minha mãe não ter comprado o volume um de ZK porque tem um "cara" pelado na capa. Enfim), ou até mesmo um vampirão brilhante do séc. XX, romântico e atencioso como Edward (nunca vi nada de bom nele. Enfim²).

Yaoi, na minha perspectiva, demonstra um amor verdadeiro. Pensem: homens que são considerados "machos" comem três mulheres de cada vez, bebem cerveja até cair, são altos e musculosos e tendem a ser drogados. Essa, para mim, é uma realidade ridícula. Primeiro: por que homens tem que ser absoluta e completamente héteros, violentos e cafetões? Não podemos ser gays? Não podemos ser livres? Não, Seme Queen, a Igreja não deixa. Posso ser sincera? A IGREJA QUE SE FODA. Desculpe o palavreado e a ofensa excessiva para com muitos que possivelmente lerão isso, mas desde quando a Igreja dita o que vocês devem ser ou fazer? Hoje em dia ninguém mais tem coragem de admitir para a sociedade o que é de verdade. Hoje em dia gay é ofensa, e das piores. Hoje em dia "liberdade" é tapada com "catolicismo". Hoje em dia a vida poderia ser muito melhor e menos sofrida para muitos, a quantidade de suicídios poderia diminuir, a sociedade poderia ser unida. Mas por que não é assim, Seme Queen? Porque não abrimos nossos horizontes para diferenças. Certa vez eu ouvi de um professor: "vocês deveriam conversar mais com todo mundo, e não ficarem formando grupinhos fechados. Porque se vocês sempre lidarem com o mesmo tipo de personalidade, como vão fazer pra lidarem com as diferenças? Vão julgar". Ele é professor de teatro na escola, só o vi uma vez na vida e o achei o homem mais inteligente do mundo. Querem saber? Ele está certo. Gente que não amplia seus horizontes para novas ideias tendem a "perecer" (deixar de existir, acabar) no modo em que a mente deles possa perecer. É certo que não sou o melhor exemplo de pessoas com os horizontes abertos, tanto que meu foco, no exato momento, é para o Japão e a Inglaterra, e as culturas de lá, e eu também não sou do tipo que conversa com todos sobre tudo, tanto que, na escola, ainda não fiz nenhum amigo realmente, pois são todos do tipo que eu "mais odeio" (menininhas patricinhas, menininhos marmanjos). Bom, não sou exatamente o melhor exemplo, mas ainda acho certo o que o professor falou.

Sim, estou dando uma bronca nos religiosos freaks que acham que homossexualidade é coisa do demônio. Não que tem muita gente acompanhando meu blog, mas esse tipo de coisa me deixa puta da vida, sinceramente.

Aos GLS, beijos coloridos. Aos homofóbicos, uma bica nas partes.

Até o próximo post. ♥